Muitos anos mais tarde, eu já na casa dos 30, formado Designer pela Escola de Belas Artes, voltei a encontrá-la e fui novamente seu aluno de pintura no CAC - Centro de Artes Contemporâneas.
Desde então, nunca mais tinha ouvido falar de minha mestra. Morei no exterior muitos anos, perdi contato.
Hoje, senti saudades. Pedi help ao Google. E reencontrei-a. Certamente, não está mais conosco nesta vida, mas a vi linda como há 54 anos.
Estas imagens foram extraídas do site Idade Maior - Vida e Memória (em http://www.idademaior.com.br/vida-memoria-1-marco.html)
Muita emoção. Foi ela que me ensinou a não me conformar com o que já existia, a sempre buscar algo novo, a nunca me prender aos conceitos e preconceitos, a entender que a arte contemporânea nunca morre - morremos nós, nunca a arte -, a acreditar que qualquer forma de arte está acima e além da História e independe dela. "Você pode buscar muitos caminhos pra se sustentar, dar conforto à sua família, mas nunca desista de desenhar, pintar, esculpir. Você nasceu para isso, Renato. Eu vi, eu sei."
Mestra, obrigado. Hoje, aos 60, vejo que cumpri sua predição. Já trabalhei em muitas áreas, várias longe das artes, mas sempre estive aqui e feliz. A culpa é toda sua, "Dona" Lourdes.