segunda-feira, 25 de junho de 2012

Quem não gosta disso?

Já saiu o melhor filme publicitário do ano.



Bom de ideia, bom de fotografia, bom de animação e montagem, bom de som, bom de tudo.

Parabéns aos criadores Marcelo Reis e Guilherme Jahara e às equipes das produtoras Vetor Zero e Cream Studio (som).  Quem é que não gosta disso?

sábado, 2 de junho de 2012

Em casa que falta pão...

Não vou fazer o chavão "Eu já sabia", que é muito chato. Só desejo à renitente cartolagem rubro-negra e ao R-10 que encontrem seus destinos.



Peço a Deus que ambos - as(os) Amorins e os(as) Ronaldinhos - permaneçam bem longe de mim.

P.S. Zico, meu amigo, não é que você estava certo? Aquilo lá é uma corja mesmo!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Obrigado R10, obrigado Flamengo.

No dia 13 de abril de 2011, há quase um ano, eu escrevi aqui o post "O efeito-dominó dos Ronaldinhos", sobre o risco das contratações milionárias no futebol brasileiro (clique para ler na íntegra).

Reproduzo um trecho: "Nem o Ronaldinho Fenômeno estava, nem o Ronaldinho Gaúcho está (quem sabe estará?), em condições de praticar o esporte que os consagrou. Mas, devido à longa carência de ídolos no nosso futebol, as torcidas e a mídia receberam-nos como deuses (que foram, sim, mas que já não são) tal como incentivaram as empresas que bancaram seus patrocínios. (...) Se a moda pega, como parece que já está pegando, os marqueteiros vão inundar futebol brasileiro com fórmulas espetaculares quase nunca acompanhadas de investidores reais. (...) é melhor o futebol brasileiro parar por aqui. Seguir em frente vai ser andar pra trás. "

Um ano depois, graças ao indiscutível fracasso da "Operação Ronaldinho" no Flamengo, parece que os cartolas vão passar a pensar duas vezes antes de cometerem novas loucuras.



Por isso, enquanto muita gente lamenta, este blog comemora. Obrigado Ronaldinho Gaúcho por não esconder o que veio fazer no Rio. Obrigado Flamengo por não esconder o quanto são incompetentes os nossos cartolas. O futebol brasileiro agradece.

segunda-feira, 12 de março de 2012

100.000 anos de perdão

Ricardo que roubava o Blatter que roubava a FIFA que roubava o Valker que roubava o Rebelo que roubava a Mídia que roubava o COL que roubava a FIFA que roubava o Congresso que roubava a Dilma que roubava o Lula que roubava a FIFA que roubava a Dilma que roubava o Congresso que roubava o povo que roubava o Imposto que roubava o Congresso que roubava a Dilma que roubava o Ricardo que roubava o Valker que roubava o Blatter que roubava o Imposto que roubava o povo que roubava o Imposto que roubava a Dilma que roubava a FIFA que roubava o Valker que roubava Rebelo que roubava o Ricardo que roubava o COL que roubava a Fifa que roubava Dilma que roubava Blatter que roubava o povo que roubava o Imposto que roubava a FIFA que roubava o Ricardo que roubava toda a quadrilha...

segunda-feira, 5 de março de 2012

Os macacos Juan e Wallace

Na mesma semana, tivemos duas manifestações de racismo no esporte, uma em Minas Gerais e outra em Roma. A primeira executada por uma mulher, uma única mulher, torcedora de volei do Vivo-Minas contra o atleta Wallace do Sada-Cruzeiro no clássico local pela Superliga. A segunda da torcida racista-fascista do Lazio contra o craque brasileiro Juan da Roma no derby da serie A italiana.

Antes de desancar os devidos impropérios contra esses babacas, quero registrar que a operadora de celulares Vivo, patrocinadora do Minas Tenis Clube - o mais tradicional clube incentivador do volei do Brasil e um dos maiores campeões da Superliga - não se manifestou sobre o assunto. Dizia minha avó que "quem cala, consente". Fica a dica, Vivo.

A torcida do Lazio fez gestos de primatas em direção ao zagueiro brasileiro que, perplexo, mandou-os calar a boca com o dedo sobre os lábios. Ao final da partida, Juan se disse surpreso porque depois de 10 anos jogando na Alemanha e Italia, nunca tinha passado por uma situação semelhante. A TV mostrou nitidamente a facção da torcida que fazia os gestos. A polícia italiana não tem por que não prender todos eles. A única medida conhecida foi uma multa de 20 mil euros para o Clube. Nada contra os racistas.



Em Minas, até onde eu sei, nada aconteceu com a senhora ou senhorita que berrava "Macaco!!! Macaco!!!" pro Wallace. O craque da seleção agradeceu a Deus por não ter conseguido identificar quem gritava na arquibancada porque isto impediu que ele pulasse a cerca e enchesse a racista de porrada. A polícia não tá nem aí. A Justiça brasileira cagou e andou. De oficial, apenas uma observação da CBV que cogita pedir punição ao clube. Outra vez, nada contra a torcedora racista.

A melhor reação veio da equipe do Volei Futuro, de Araçatuba SP, a adversária seguinte do Sada-Cruzeiro. Vou repetir: A EQUIPE ADVERSÁRIA. Todos vestiram um uniforme preto, com inscrições contra o racismo e no lugar do nome de cada jogador vinha escrito Wallace, em apoio ao atleta discriminado na partida anterior.



Fica aqui uma lição pra esse bando de autoridades incompetentes, desinteressadas, corruptas e safadas que deviam estar todas na mesma cadeia que a mulherzinha desclassificada e racista. O esporte não precisa de vocês, seus (e sua) merdas.

Pra gente ter uma noção da enorme proporção da discriminação (qualquer que seja) social no Brasil e no mundo, só foi possível registrar o descontentamento contra uma única anônima racista filha-da-puta - uma só, gente! - porque uma equipe inteira - ainda mais a adversária - se manifestou. E foi só um manifesto, lindo, mas de prático, nada!

E você aí que não faz nada?

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

As aventuras de um ipanemense na Gávea (1)

Depois de 31 anos desfrutando Ipanema, lá vou eu morar na Gávea. Antes que pensem que isto é uma reclamação, informo que a Gávea sempre foi o segundo bairro carioca na minha preferência. E, a bem da verdade, não é que eu vá morar na tradicional Gávea, é mais precisamente no Baixo-Gávea. Se você não conhece o Rio, dê um google nos bares, restaurantes e botequins do Baixo-Gávea e compreenderá que eu tenho um grande futuro pela frente.

Ainda não mudei mas a diversão já começou ao descobrir que terei como porteiros os irmãos Genézio e Genázio, a quem apelidei de "É" e "Á". "É" é o do dia e "Á" é o da noite.

Descobri também muitas semelhanças com o meu local em Ipa. Aqui tenho a praça General Osório ao lado, lá terei a praça Santos Dummont na frente. Aqui uma estação do Metrô na porta, lá um ponto do ônibus do Metrô na porta. Aqui um supermercado Zona Sul ao lado, lá um Zona Sul em frente. Aqui, feira livre na praça às terças, lá às sextas. Aqui, comércio de bairro em volta, lá idem e mais dois shoppings. Só ficou faltando a praia, mas pra compensar ganhei o Jardim Botânico ao lado e o Jockey Club em frente. Se bem que a praia do Leblon fica logo ali...

Ponto a favor: da minha sala, verei a Pedra da Gávea e o Morro Dois Irmãos à direita, a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Morro dos Cabritos à esquerda e, embora não dê pra ver o mar, as ilhas Cagarras serão visíveis bem em frente.

Ponto contra: internamente, o apê é menor que o atual. Um quarto a menos e uma sala com metade do tamanho. Mas graças ao meus tempos de decorador, os espaços continuarão amplos e só terei que diminuir o rack da tv & som e trocar um sofá de três lugares para um de dois.

Amanhã começa a mudança. Os caras vêm cedo pra desmontar, empacotar, encaixotar e empilhar dezessete anos da minha vida. Depois de amanhã, eles voltam aqui e vão mudar tudo lá pra Gávea, desempilhando, desempacotando, desencaixotando e remontando tudo de novo.

Aí, sim, vai começar pra valer a aventura do ipanemense na Gávea.

E eu volto aqui pra contar tim-tim por tim-tim. A começar por "É" e por "Á".