quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Menos, Nike, menos.

A seleção brasileira de futebol principal estreou hoje, na França, o novo uniforme criado pelos estilistas da Nike para a fase pré-Copa 2014. Três detalhes marcam o novo design: a ausência de detalhes em verde na gola e na manga, a barra horizontal sobre o tórax e design dos números.



Não tenho conhecimento de camisas da seleção sem detalhes em verde na gola e na manga, mas acho legal a inovação. Não fede nem cheira, mas é legal inovar. A barra sobre o tórax nem ajuda nem prejudica a aparência geral mas dá o toque de novidade necessário à comercialização. Como um item estético, vale também. Só não precisava dizer que é uma estilização das pinturas de guerra dos indígenas brasileiros, porque isso, além de ser mentira, é uma bobagem tremenda: nenhum atleta de nenhum esporte precisa – nem deve – se vestir para a guerra. Mas a escolha da tipologia (fonte, na linguagem informática) dos números, convenhamos, passou um pouco da medida.

Inovar em design é legal, repito, mas não tanto ao ponto de prejudicar a compreensão. O design dos números exige que o árbitro, o público no estádio e principalmente o telespectador se esforcem para identificar quem é o jogador. Poderia ser mais simples assim, tipo 2 com “cara” de 2 e 5 com “cara” de 5. Mas como é uniforme provisório até a nossa Copa, vamos ver se a Nike se toca quando criar o definitivo.

Afinal, como na última Copa, o torcedor vai querer ter certeza de xingar o 5 pelo nome dele, sem confundi-lo pelo nome do 2. E como ninguém quer que a história se repita, seria bom a Nike dar uma ajudinha.