Este é um jogo perfeito. No campo dos sonhos, a disputa é entre o melhor time do mundo e o melhor time da história, não apenas um confronto entre Messi-Xavi-Iniesta e Neymar-Ganso-Elano. Neste campo entram também as chuteiras sagradas de Pelé e Coutinho, Maradona, Cruyff, Carlos Alberto, Pepe, Ronaldo, Romário, Robinho, Ronaldinho, Rivaldo...

Neste jogo imaginário, não tem bola na canela, carrinho, passe errado, chutão. Não tem taça, não tem título nem semi-final nem Mazembaço. Só passe fino, tabelinha, lançamento e golaço.
Um jogo que vai sendo construído e comentado nos bares, escritórios, esquinas, praças, parques, churrascos, mesas redondas da TV. Cheio de lençóis, canetas, defesas milagrosas, cabeçadas, letras, chilenas, dribles-da-vaca, bicicletas e aquela bola no cantinho da trave que-só-não-entrou-porque-Deus-não-quis?
Um jogo de sonho que vai ser jogado até dezembro, que só vai acabar quando, enfim, o juiz apitar o início do jogo verdadeiro e o Brasil inteiro acordar para a dura realidade da voz do Galvão Bueno.