sexta-feira, 20 de maio de 2011

A esperança de bem sofrer.

Vai começar tudo de novo. Vem aí o maior campeonato de futebol profissional do mundo – o Brasileirão 2011. Vinte clubes recheados de juvenis e veteranos, promessas e velhacos, técnicos professores, falastrões e gritões. E juízes de toleráveis a ladrões, jamais bons.

A imprensaiada esportiva nacional já está em polvorosa. Qual vai ser o campeão, quem será o artilheiro, com quantas rodadas será demitido o primeiro treinador, quantos treinadores terão sido demitidos ao final. E quem contratará quem, onde vai jogar fulano, quantos velhinhos voltarão lá de fora?

Nada disso me interessa, o que eu quero saber é o quanto o Fluminense me fará sofrer este ano. Sim, porque o papel histórico do Fluminense é fazer o torcedor sofrer no campeonato brasileiro (e não só).

O Fluminense vai começar o campeonato sem treinador titular. O nível das contratações realizadas até agora leva a crer que sem time titular também. Convenhamos que não é a maneira mais animadora de iniciar a “competição mais difícil do Universo”. Mas tem uma explicação: a julgar pelo que fez desde que tomou posse, desconfio que o Fluminense também não terá um presidente titular, não só neste campeonato mas em todo o atual mandato.

Mas o Fluminense é um clube de paixão às avessas, um clube cuja torcida aplaude o adversário “cucaracha” que acabou de tomar das nossas mãos um título de Libertadores da América em pleno Maracanã. Tenho impressão que a galera até gosta um pouquinho desse sofrimento pré-estabelecido, de nunca ser favorito e mesmo quando tem algum favoritismo ser coberto por uma certa dose de desconfiança.

Então, vamos lá! Que venha o Brasileirão! Vai ser sofrido, mas quem sabe não acaba bem?

(nota mental: na próxima encarnação, nascer espanhol e torcer pro Barcelona. Porra!)